Entenda como funciona a vacina de Oxford contra a Covid-19

A vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) está sendo testada no Brasil por meio de uma parceria do governo brasileiro com a Universidade de Oxford, na Inglaterra; o laboratório AstraZeneca e a embaixada britânica. O acordo prevê a compra antecipada de insumos para produção nacional de cerca de 30 milhões de doses até janeiro de 2021 no país.

Os testes, que estão na fase três com um ensaio em larga escala com milhares de indivíduos, têm com o objetivo analisar se a vacina é capaz de proteger e imunizar a população. Eles já começaram no Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador) com 5 mil voluntários. Confira a seguir mais informações sobre a vacina de Oxford:

Como funciona a vacina:

Por meio da tecnologia de vetor viral recombinante, é usada uma versão enfraquecida de um adenovírus (ChAdOx1) que causa resfriado em chimpanzés e que é inócuo nos seres humanos. Depois é introduzido material genético utilizado na produção da proteína Spike do novo coronavírus, usada para invadir células.

Ao aplicar a vacina, o sistema imunológico da pessoa desenvolve uma resposta à proteína em questão. Dessa forma, o organismo produz anticorpos e outras células de defesa para combater a doença.

Como funciona o teste:

O teste é dividido em dois grupos (metade dos participantes toma a vacina e a outra metade recebe um placebo) e é randomizado (grupos são sorteados e equilibrados para evitar que o resultado seja influenciado pela idade dos voluntários, por exemplo). Vale destacar que tanto os cientistas quanto os participantes não sabem quem recebeu ou não o placebo.

Os voluntários precisam preencher alguns requisitos: idade entre 18 a 55 anos, profissionais de saúde ou pessoas que tenham uma alta exposição à Covid-19 e não terem sido contaminados até o momento.

Como funciona a produção:

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) será responsável pela produção da vacina contra a Covid-19. Por meio do acordo, ela receberá do laboratório AstraZeneca dois lotes da vacina, totalizando 30,4 milhões de doses até janeiro de 2021.

Além disso, terá transferência de tecnologia da vacina para Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford. A prioridade da vacinação será para o grupo de risco e profissionais de saúde.

A vacina de Oxford é uma das mais promissoras entre as mais de 140 que estão sendo testadas ao redor do mundo. Se comprovada a eficácia, ela pode ser considerada a mais rápida da história.

Fontes:

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/06/27/saiba-tudo-sobre-a-vacina-de-oxford-que-sera-produzida-e-testada-no-brasil.htm
https://saude.abril.com.br/medicina/vacina-para-coronavirus-quem-vai-receber-primeiro/
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/07/10/vacina-de-oxford-contra-a-covid-19-sera-testada-em-salvador-no-total-serao-5-mil-voluntarios-no-brasil.ghtml
https://portal.fiocruz.br/noticia/covid-19-fiocruz-firmara-acordo-para-produzir-vacina-da-universidade-de-oxford
https://g1.globo.com/bemestar/vacina/noticia/2020/06/27/saiba-mais-sobre-a-vacina-contra-a-covid-19-desenvolvida-pela-universidade-de-oxford.ghtml