Febre Amarela

O que é a Vacina contra Febre Amarela?

A Vacina contra Febre Amarela previne contra a doença infecciosa transmitida por mosquitos vetores em locais rurais e urbanos. Ela é comum nas regiões tropicais da América do Sul e África.


Quais doenças ela previne?

Febre Amarela.


Como é aplicada?

Subcutânea.


Onde pode ser encontrada?

Ela pode ser encontrada na Imovac, com atendimento domiciliar, nas clínicas privadas de vacinação e nas Unidades Básicas de Saúde.


Indicação:

Pessoas a partir de 9 meses de idade. Dose de reforço aos 4 anos de idade.


Contraindicações da Vacina contra a Febre Amarela:

Crianças abaixo de 6 meses de idade.

A vacina contra a Febre Amarela está contraindicada a princípio para gestantes, mas a administração deve ser analisada conforme o grau de risco, por exemplo: quando há surtos da doença.

A vacina contra a Febre Amarela também está contraindicada para mulheres amamentando bebês com menos de 6 meses de vida. Se a vacinação não puder ser evitada, indica-se a suspensão do aleitamento materno por 10 dias antes da dose. Siga a orientação do Pediatra.

Pessoas em uso de medicação imunossupressora ou pessoas que apresentem imunossupressão grave.

Pessoas que tenham apresentado doença neurológica desmielinizante (doença do sistema nervoso) no período de 6 semanas após a aplicação de dose anterior da vacina.

Pessoas com câncer.

Pessoas com história pregressa de doenças do timo tais como: miastenia gravis, timoma, casos de ausência do timo ou remoção cirúrgica).

Pessoas portadoras de HIV, sintomáticas e com imunossupressão grave comprovada por laboratório.


Possíveis Reações:

Reações muito comuns: dor e sensibilidade no local da injeção, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, febre, irritabilidade, sonolência.

Reações comuns: hematoma, vermelhidão, inchaço e endurecimento no local da injeção, dor nas articulações, náusea, erupções cutâneas, perda de apetite.

Reações incomuns: tontura, dor abdominal, coceira.

Reações raras: diarreia, rinite.

Reações muito raras: anafilaxia, doença neurológica, como encefalite e meningite, principalmente quando da primeira dose e em idosos, doenças em órgãos-alvos (“viscerotrópica”).


Cuidados antes, durante e após a aplicação da Vacina contra Febre Amarela:

Febre: Se a pessoa apresentar febre, é recomendado o adiamento da vacinação até a melhora do quadro febril.  

Prescrição médica: Pessoas acima de 60 anos precisam de prescrição médica, principalmente se for o caso de estarem recebendo a primeira dose.

Lúpus: Deve-se avaliar com cuidado a administração da vacina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico ou outras doenças autoimunes, pois pode ocorrer imunossupressão pela própria doença.

Ocorrências: Ao apresentar ocorrências graves ou inesperadas depois da aplicação, o serviço que realizou a vacinação deve ser informado.


Quantas doses tomar?

No Brasil, a rotina consiste em duas doses para crianças de até 4 anos: a primeira aos 9 meses e a segunda aos 4 anos de idade. Para crianças com mais de 4 anos, não tem consenso na literatura e, de acordo com o risco epidemiológico, pode-se indicar uma segunda dose, considerando a possibilidade de falha vacinal.

Em situações de risco, idosos, gestantes e outros grupos de precaução devem receber uma dose da vacina contra febre amarela, desde que não haja contraindicação.

A dose fracionada foi feita pela rede pública como estratégia para conter surtos, para crianças a partir dos 2 anos de idade. A rede privada não aplica dose fracionada.

Aos viajantes, é sugerida a comprovação de apenas uma dose plena padrão, aplicada com o mínimo de dez dias antes da viagem.


Tem alergia? Veja do que a Vacina contra Febre Amarela é feita:

As vacinas das redes pública e privada não são iguais. A eficácia e a segurança das duas vacinas são semelhantes, estimada em mais de 95% para pessoas acima de 2 anos. Confira aqui as diferenças nas composições:

Rede Pública: a vacina é produzida por Bio-Manguinhos – Fiocruz. Ela é elaborada a partir do vírus atenuado, cultivado em ovo de galinha. Sua formulação apresenta gelatina bovina, eritromicina, Canamicina, cloridrato de L-histidina, L-alanina, cloreto de sódio e água para injeção.

A vacina pode levar também sacarose, trometamol, fosfato de potássio diidrogenado, cloreto de sódio, fosfato de sódio diidrogenado monoidratado, fosfato dissódico hidrogenado diidratado e água para injeção.

 Rede Privada: com produção da Sanofi Pasteur, a vacina também é feita a partir do vírus atenuado, cultivado em ovo de galinha. Ela apresenta componentes como: lactose, cloridrato de L-histidina, L-alanina, sorbitol e solução salina.


Grupos com precaução para vacinação:

Esses grupos contemplam indivíduos acima de 60 anos, pessoas vivendo com HIV/AIDS, pessoas que terminaram tratamentos quimioterápicos, quem faz uso de medicamentos imunossupressores, pessoas com síndrome mieloproliferativa crônica ou síndrome linfoproliferativa, pessoas com lúpus eritematoso sistêmico, pessoas com doenças hematológicas (hemofilia, doença falciforme) e transplantados de células de medula óssea.

Esses indivíduos devem ser avaliados por seus médicos assistentes e só poderão receber a vacina com liberação e prescrição médica.


Vacina contra Febre Amarela para viajantes:

A vacina é sugerida aos viajantes com destinos nacionais ou internacionais como África do Sul, Ilhas Fuji, Tailândia e áreas de risco ou com obrigatoriedade de comprovação da vacinação.

Como a Febre Amarela é comum no Brasil, muitos países exigem a comprovação da vacinação aos viajantes brasileiros. Confira a lista desses países.

Portanto, se você vai viajar para o exterior, confira se o seu destino exige. Em caso afirmativo, você deverá solicitar o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP). A sua emissão é feita em locais habilitados – há opções públicas e privadas. A pessoa terá que se apresentar munida de documento de identidade com foto e a caderneta de vacinação com o registro da vacina contra febre amarela.

Quem é contraindicado à vacina contra febre amarela terá que pedir ao seu médico a emissão de certificado de isenção da vacinação justificando a mesma. Este documento permite a entrada de não vacinados nos países que exigem o CIVP.