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Menopausa: quais são seus sintomas e como aliviá-los
Menopausa é o nome que se dá à última menstruação espontânea da vida de uma mulher, sendo um evento pontual e que acontece naturalmente na vida de todas as mulheres, marcando o fim da sua capacidade reprodutiva. Ela decorre do esgotamento da função dos ovários, com interrupção permanente da liberação de óvulos, parada do sangramento menstrual e diminuição na produção dos hormônios sexuais femininos, o que leva a uma série de mudanças físicas e emocionais na mulher, sentidas a curto, médio e longo prazos.
Passar pela menopausa pode ser desafiador e entender o que está acontecendo em nosso corpo pode trazer mais conforto para vivenciar essa etapa. A seguir, exploraremos em detalhes o que é a menopausa, seus sintomas e como implementar algumas abordagens no dia a dia para enfrentar essa fase com mais saúde e bem-estar.
Conhecendo a perimenopausa e climatério
Bom, até aqui você já sabe que a menopausa é definida pela última menstruação da mulher. O diagnóstico é feito retrospectivamente, após 12 meses sem menstruar (sem que haja nenhuma outra causa fisiológica ou patológica para isso).
A menopausa ocorre, na maioria dos casos, entre os 45 e 55 anos de idade, sendo que, no Brasil a idade média é aos 48 anos. Ela acontece porque a mulher já nasce com um determinado número de folículos (estruturas que contêm os óvulos) nos ovários, e, com o passar dos anos, esse estoque se esgota naturalmente, fazendo com que a mulher pare de ovular, não podendo mais então, engravidar.
Como os folículos são responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos, quando essa reserva acaba, resulta também na diminuição na produção desses hormônios (estrogênio, progesterona e, também, testosterona). Mas, isso não acontece da noite para o dia.
Antes da ocorrência da menopausa, há uma fase de transição, chamada perimenopausa, durante a qual os níveis hormonais começam a oscilar. Esse período se inicia em média 4 anos antes da última menstruação e é caracterizado por irregularidades menstruais e sintomas como ondas de calor, alterações de humor e transtornos no sono.
A perimenopausa pode durar de alguns meses a vários anos e é uma parte importante do climatério. O climatério, por sua vez, é um período mais amplo, que abrange a transição da fase da vida reprodutiva para a não reprodutiva da mulher e se estende dos 40 aos 65 anos de idade, englobando a perimenopausa, a menopausa propriamente dita e o período pós-menopausa.
Os sintomas observados nessas fases incluem sintomas físicos e emocionais e são muito variáveis em intensidade e duração entre as mulheres, sofrendo interferências de fatores externos como dieta, perfil socioeconômico, fatores culturais, e aspectos psicológicos.
Vale ressaltar que a ocorrência de menopausa antes dos 40 anos não é considerada fisiológica e necessita de cuidados, e é denominada insuficiência ovariana prematura – abordaremos esse tema em um outro momento.
Sintomas
Em alguns casos, todo esse período que a mulher passa até a chegada da menopausa pode ser assintomático. No entanto, em sua maioria, as mulheres experimentam sintomas como:
- Ondas de calor: sensação súbita de calor intenso, inicialmente concentrada na parte superior do tórax, pescoço e face que, rapidamente se torna generalizada. A sensação dura de 2 a 4 minutos e frequentemente é acompanhada de sudorese e vermelhidão e, ocasionalmente, por palpitações, podendo ser seguida por calafrios, tremor e sensação de ansiedade. Podem ocorrer poucas ou muitas vezes ao dia e são particularmente comuns a noite. São o sintoma mais comum na transição menopausal, ocorrendo em até 80% das mulheres nessa fase. São causados por uma desregulação no mecanismo de controle térmico do hipotálamo (região do cérebro), decorrente da diminuição dos níveis circulantes de estrogênio. A paciente sente-se muito quente, mas sua temperatura mantém-se normal. Como o organismo pensa que o corpo está muito quente, ocorre uma indevida dilatação dos vasos da pele, levando à vermelhidão e à transpiração. Isso leva a um efeito rebote de acentuada perda de calor, com rápida queda da temperatura corporal. Nesse momento, o fogacho começa a findar e surgem os calafrios, um mecanismo usado pelo corpo para gerar calor, numa tentativa de restaurar a temperatura habitual do organismo. Com o passar dos anos após a ocorrência da menopausa, as ondas de calor tendem a diminuir e chegam a cessar espontaneamente na maioria das mulheres em até 3 a 5 anos, porém, numa minoria, podem persistir.
- Distúrbios do sono: por serem mais comuns a noite, as ondas de calor interrompem o descanso, atrapalham o sono e podem levar à insônia. Mesmo na ausência de fogachos, mulheres na peri e na pós-menopausa experienciam perturbações no sono. Ansiedade ou depressão, que são comuns durante a transição menopausal, podem contribuir na piora da qualidade do sono.
- Mudanças de humor: irritabilidade, depressão e ansiedade. Há um risco significativamente aumentado de depressão durante a transição menopausal, mesmo em mulheres sem histórico.
- Secura vaginal: a diminuição dos níveis de estrogênio causa diminuição do fluxo de sangue para a região genital, levando à redução da lubrificação e da elasticidade vaginais, causando desconforto e dor durante as relações sexuais, sensação de coceira ou queimação. Esses sintomas tendem a piorar progressivamente com o passar dos anos após a última menstruação.
- Diminuição da libido: redução do desejo sexual, devido à queda nos níveis dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários.
- Alterações de peso: redistribuição da gordura corporal e diminuição na taxa metabólica, predispondo ao ganho de peso.
- Dores articulares.
Como aliviar os sintomas?
A terapia de reposição hormonal é o tratamento mais efetivo para as ondas de calor da perimenopausa.
No entanto, existem situações em que há contraindicações à reposição de estrogênio ou em que há uma preferência pessoal da mulher, que deve ser respeitada. De qualquer forma, para todos os casos, algumas medidas comportamentais são fundamentais e ajudam a aliviar o desconforto:
1) Praticar atividades físicas regularmente, principalmente exercícios aeróbicos que propiciem impacto no osso (coluna, fêmur, quadril) e de fortalecimento da musculatura. Mulheres fisicamente ativas tendem a ter menos sintomas vasomotores em comparação às sedentárias.
2) Manter uma dieta saudável;
3) Perder peso (para mulheres acima do peso): Mulheres com sobrepeso têm risco maior de apresentar sintomas vasomotores mais frequentes e intensos.
4) Reduzir o consumo de cafeína e bebidas alcoólicas. Existe uma associação entre o consumo de álcool e sintomas vasomotores. Alguns alimentos e bebidas podem exacerbar os calores da menopausa em algumas mulheres, como por exemplo: cafeína, alimentos picantes, alimentos gordurosos e fritos, comidas processadas e açúcar refinado, alimentos ou bebidas muito quentes
5) Manter-se hidratada e aumentar a ingestão de líquidos frescos ou gelados
6) Usar roupas leves ou em camadas, para lidar com as ondas de calor;
7) Manter o ambiente de sono em temperaturas mais baixas, usando um ventilador ou ar-condicionado, se for possível
8) Adotar técnicas de relaxamento como ioga, meditação e respiração profunda
9) Evitar o isolamento social, que colabora para manutenção do equilíbrio psicológico 10) Visitar regularmente sua ginecologista. Ginecologia é na IMOVAC!
Embora desafiadora, a menopausa pode ser gerenciada com uma combinação de cuidados. É essencial que cada mulher discuta suas opções com um profissional de saúde, considerando suas necessidades individuais e histórico médico. A IMOVAC está pronta para oferecer todo o suporte e orientação que você precisar.
Agende uma consulta com a nossa ginecologista e passe por essa fase com mais saúde e bem-estar. Estamos aqui para você! Não deixe de acompanhar o nosso blog e siga-nos nas redes sociais para receber mais informações sobre ginecologia.
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Fonte:
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2019/10/29/menopausa-e-data-nao-doenca-saiba-por-que-e-aprenda-aliviar-sintomas.htm
https://www.crmpr.org.br/A-menopausa-e-os-seus-impactos-na-vida-da-mulher-13-57469.shtml