A Universidade de Harvard começou a desenvolver, em 2009, uma vacina contra o câncer e, de lá para cá, o estudo vem apresentando resultados promissores para diferentes variações da doença. 

Antes de entender a eficácia e os resultados apresentados por esse tipo de vacina, precisamos entender que elas são diferentes daquelas aplicadas para impedir doenças causadas por um vírus, por exemplo. A vacina desenvolvida contra o câncer é projetada para que o próprio sistema imunológico ataque as células cancerígenas presentes no corpo. Ou seja, ao invés de prevenir, a ação é uma função para que o próprio corpo ataque a doença.

Em seu processo de composição, essas vacinas são criadas a partir de células cancerígenas, partes de células ou antígenos puros. Em alguns casos, as mesmas células do sistema imunológico de uma pessoa com a doença são coletadas e produzidas, em laboratório, para o desenvolvimento da vacina. Depois de todo esse processo, é feita a aplicação das células modificadas no corpo do paciente, buscando o aumento da resposta imunológica contra as células cancerígenas. A partir deste momento, a expectativa é que a vacina continue respondendo por muito tempo, já que as células do sistema imunológico têm memória especial. 

Mas existe alguma vacina que possa prevenir o câncer? 

Existe sim! Como alguns tipos de câncer podem ser provocados por vírus, as vacinas indicadas contra eles também são responsáveis por proteger contra a doença. As vacinas contra o HPV, por exemplo, associado ao câncer de útero, boca e faringe, entre outros, também podem servir como método protetivo. Já a hepatite B, que pode levar ao câncer de fígado, também pode ser evitada se a vacina contra o vírus desse tipo de hepatite for aplicada. 

Os estudos realizados em todo o mundo ainda não garantem, por exemplo, uma solução através de vacina contra os tipos de câncer mais comuns, como os de pulmão, de próstata e de mama. Apesar do esforço da ciência, ainda se espera um longo caminho de estudos para resultados cada vez mais eficazes.

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